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País ficou na 25ª colocação em 2021, segundo relatório anual da Organização Mundial do Comércio. Liderança é da China
Em meio à crise econômica mundial que tem assolado mercados mundiais de modo geral, grande parte deles atingidos pela pandemia causada pelo novo coronavírus, o Brasil conseguiu subir no ranking entre os maiores exportadores, segundo lista organizada pela Organização Mundial do Comércio.
O Brasil chegou ao posto de 25º maior exportador mundial de mercadorias. O índice foi baseado nas transações globais de 2021. Ao longo do ano passado, as exportações nacionais alcançaram o valor de US$ 281 bilhões, o que correspondeu a uma alta de 34% na comparação com o ano anterior (US$ 210 bilhões).
O valor obtido pelo Brasil fez com que o país aumentasse a sua participação nas vendas globais para 1,3%. Em 2020, tinha ficado na 26ª posição, com fatia de 1,2%. O dado é uma das boas notícias em um período marcado pela retração mundial nos principais mercados mundiais, como China e EUA.
Ainda segundo a análise feita pela Organização Mundial do Comércio, o Brasil alcançou o posto de 27º maior importador, com compras que somaram US$ 235 bilhões em 2021, com alta de 41%. Em 2020, tinha sido o 29º maior comprador mundial.
Esse aumento das exportações brasileiras teve como grande impulsionador o salto significativo nos preços dos produtos definidos como commodities. Nesse quesito, destaque para as vendas de minério de ferro (72,9%), petróleo (54,3%) e soja (35,3%).
Como era de se esperar, mesmo com a diminuição da produção e aquisição de produtos, a China continuou no topo do ranking dos maiores exportadores, com participação de 15,1% do total das vendas, seguida por Estados Unidos (7,9%) e Alemanha (7,3%). O país norte-americano segue na liderança dos países importadores, com fatia de 13%. Na sequência, estão a China (11,9%) e a Alemanha (6,3%).
A Organização Mundial do Comércio estima um crescimento de 3% no comércio global em 2022, mas toda e qualquer projeção ainda pode ser modificada a depender de contextos mundiais, como o arrefecimento da pandemia e o fim dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Nenhuma das duas situações parece estar próximo do fim neste momento.
Para se ter uma ideia do impacto dos dois eventos, a organização foi “obrigada” a rever a própria projeção dada anteriormente para 2022, que era de 4,7%, e de 3,4% para o ano que vem.
“Está claro agora que o golpe duplo da pandemia e da guerra afetou as cadeias de abastecimento, elevou as pressões inflacionárias e reduziu as expectativas de crescimento da produção e do comércio”, disse a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, em entrevista à imprensa.
Okonjo-Iweala também salientou para uma potencial crise alimentar devido a interrupções nas exportações da Ucrânia e da Rússia, ambos grandes países fornecedores de grãos e outras commodities, o que pode atingir principalmente as nações pobres, incluindo cerca de 35 importadores africanos.
Ela instou os países a permanecerem comprometidos com o sistema multilateral de comércio para evitar o risco de que ele se divida em duas esferas. “Acho que os custos para a economia global serão bastante significativos se fizermos isso”, disse ela.
Fonte: Comex do Brasil
Em recuperação, o setor calçadista brasileiro deve crescer entre 1,8% e 2,7% em 2022, encerrando o ano com uma produção entre 820 milhões e 828 milhões de pares. Os resultados serão puxados pelas exportações, que devem encerrar 2022 com crescimento de 8,4% a 10,2% em relação a 2021 (entre 134 e 136 milhões de pares).
As projeções foram anunciadas no Análise de Cenários, evento digital realizado nesta quarta-feira (13) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) que contou com explanações da coordenadora de Inteligência de Mercado da entidade, Priscila Linck, e do doutor em Economia Marcos Lélis. O evento contou com o patrocínio da Kisafix e da Blu.
Conforme a análise, após um crescimento de 9,8% na produção ao longo de 2021, ante 2020, o setor calçadista seguirá em ritmo de recuperação ao longo de 2022, mas deve seguir abaixo dos níveis pré-pandemia, em 2019.
“No ano passado, encerramos com uma produção cerca de 10% menor do que em 2019. Para 2022, mesmo crescendo na base otimista ante 2021 (+2,7%), seguiremos cerca de 8% abaixo dos níveis pré-pandemia”, comentou.
“O mercado interno, que representa 85% das vendas do setor, segue com uma dinâmica inferior ao crescimento das exportações, reflexo do nível de emprego e crescente inflação, que reduz a renda disponível para consumo”, acrescentou.
Empregos
Depois de ter criado 27 mil postos na atividade, ao longo do ano passado, o setor calçadista brasileiro, que criou outros 13 mil no primeiro bimestre de 2022, deve encerrar o ano com saldo positivo na geração de empregos. Conforme análise da Abicalçados, a indústria calçadista deve encerrar o ano com crescimento entre 1,3% e 5,3% no estoque de empregos, com mais de 270 mil pessoas empregadas na atividade em todo o Brasil.
Projeções
As projeções setoriais da Abicalçados são realizadas por meio de análises das perspectivas de crescimento dos PIBs brasileiro e dos Estados Unidos – principal destino das exportações de calçados -, e o comportamento do câmbio. Lélis destacou que o PIB brasileiro, que cresceu 4,6% no ano passado, vem em desaceleração desde o início do ano.
“O Brasil parece ter um limitador de crescimento, baseado especialmente no baixo investimento público, no aumento da desigualdade e com o componente da inflação, hoje em dois dígitos”, ressaltou o economista, destacando que, para 2022, a previsão é de um crescimento no PIB de apenas 0,5%. “O baixo crescimento interno deve impactar o setor calçadista brasileiro ao longo do ano”, diz.
Fonte: Comex do Brasil
Somando 1,6 milhão de toneladas operadas entre janeiro e março, o Porto de Imbituba celebra o melhor 1º trimestre de sua história e um crescimento de 24,6% na movimentação de cargas em relação a 2021. Ao todo, foram atendidos 67 navios, um incremento de 19,6% se comparado aos atendimentos dos três primeiros meses do ano anterior.
“Nossos esforços, em conjunto com a comunidade portuária, formada pelos trabalhadores e empresas que realizam as operações, são para atender a grande demanda do mercado, que tem mantido uma alta procura por atracações em Imbituba e, consequentemente, essa curva de crescimento”, destaca Fábio Riera, diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba.
O contexto contribui tanto para o aumento na movimentação de cargas cativas, aquelas que já mantêm uma operação constante, a exemplo do coque, como para a atração de novos negócios, como a recente assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de Granéis Líquidos (TGL) e do arrendamento transitório do Terminal de Granel Mineral (TGM).
“Enquanto gestão do Porto, buscamos ampliar e agilizar a capacidade de atendimento, em termos de infraestrutura, sistematização de processos e da otimização do uso dos três cais, possibilitando receber até quatro navios simultaneamente”, afirma Riera.
Mês a mês, o Porto vem registrando importantes resultados. Realizou o melhor janeiro e fevereiro de sua história e, em março, teve praticamente o mesmo volume realizado no ano passado, com leve retração de 1,2%. De acordo com o diretor de Planejamento e Operações da Autoridade Portuária, José João Tavares, o desempenho do último mês foi impactado pela presença de chuvas.
Os granéis sólidos seguem predominando a movimentação portuária em Imbituba, com 74,6% do volume operado de janeiro a março, especialmente, do tipo minerais (68% dos granéis sólidos). Dentro dos granéis minerais, estão o coque de petróleo (calcinado e não calcinado), adubos, minérios de ferro e de manganês e o sal.
A operações foram principalmente de importação (47,8% do volume), seguidas dos embarques de exportação (39,8%). A cabotagem, formada principalmente pela movimentação de contêineres, representou 12,2%. Especificamente as operações de contêineres apresentaram incremento de 33,2% número de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados no 1ºtri, em relação a 2021.
Fonte: Comex do Brasil
O volume de cargas que passou pelos portos paranaenses nos primeiros três meses de 2022 foi 9,4% maior comparado com mesmo período de 2021. De janeiro a março, foram movimentadas 14.079.177 toneladas pelos terminais de Paranaguá e Antonina. No ano passado eram 12.869.762 toneladas.
“As altas no trimestre mostram a força do agronegócio no Brasil. Os alimentos puxaram os números, com destaque para os granéis de exportação, como soja, farelos e milho, além da importação de fertilizantes, usado nas lavouras”, avalia Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, empresa pública que administra os terminais marítimos do Estado.
Considerando os dois sentidos do comércio, o segmento de granéis sólidos acumula 17% de alta no ano. De janeiro a março, foram 8.915.471 toneladas movimentadas. Nos mesmos meses de 2021, foram 7.643.257 toneladas.
A carga geral movimentou 3.269.434 toneladas, contra 3.286.879 toneladas em 2021 – o que representou queda de 1% neste ano. Em granéis líquidos foram movimentadas 1.894.272 toneladas, registrando queda de 2% em relação às 1.939.625 toneladas do ano passado.
FERTILIZANTES
O impacto da crise no Leste Europeu ainda não apareceu nos números do trimestre. Os fertilizantes, que têm como principal origem a Rússia, foram comprados ainda em 2021. “Além do tempo de chegada do navio até Paranaguá, que inclui a parada em diferentes portos, tem todo o período de comercialização. Da negociação da carga, até o desembarque do produto, são pelo menos sete meses”, explica Garcia.
A alta na importação dos adubos chegou a 28%, na comparação entre janeiro a março de 2021 e o mesmo período de 2022. Foram 2.391.195 neste ano toneladas ante 3.068.596 do ano anterior.
GRANÉIS
Nas exportações, destaque para as altas registradas nos embarques de soja (18%), farelos (38%) e trigo (135%). Respectivamente, os volumes dos produtos movimentados, neste ano, foram 3.303.523 toneladas, 1.342.739 toneladas e 32.895 toneladas.
Em 2021, nos mesmos três primeiros meses, foram movimentadas 2.809.033 toneladas de soja; 970.140 toneladas de farelos e 14 mil toneladas de trigo. No caso do trigo, as demandas internas pressionaram também as importações, que cresceram 26%. Ao todo, 80.468 toneladas chegaram de outros países via Paranaguá.
CONTÊINERES
Em número de contêineres de 20 pés (TEUs), de janeiro a março deste ano foram 269.037- quantidade 3% maior que as 260.135 TEUs registradas no ano passado.
Quanto às exportações em contêineres, a alta foi ainda maior: 4%. No primeiro trimestre, foram 152.798 TEUs carregados e no ano passado, 146.746 TEUs. De importação foram 116.962 TEUs neste ano, contra 113.398 TEUs, em 2021 – alta de 3%.
Fonte: Comex do Brasil