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Resumo de Notícias da Semana 16

Grupo Pinho
October 3, 2022

Portos do Paraná atualiza regras e movimentação de fertilizantes está mais rápida

Demanda crescente e mercado aquecido na comercialização dos fertilizantes fazem aumentar a procura pelos Portos do Paraná para a descarga dos produtos. Na mesma proporção em que aumenta a quantidade de navios e o volume de adubos descarregados, aumenta também a produtividade dos terminais portuários para atender os importadores.

Acompanhando a alta nos volumes de desembarque de fertilizantes nos portos de Paranaguá e Antonina, observada desde o segundo semestre de 2021, a administração portuária atualizou as regras operacionais e aumentou em quase 30% os níveis de produtividade para cada operação de descarga dos granéis de importação.

“O Porto de Paranaguá tem uma das melhores pranchas médias operacionais para o desembarque dos produtos entre os portos brasileiros. Para garantir maior eficiência no segmento de fertilizantes, a ‘prancha média’, varia de 6 mil a 9 mil toneladas por dia, por berço ou navio”, afirma o diretor-presidente Luiz Fernando Garcia.

A média de descarga tem sido de cerca de 40 mil toneladas, ou seja, quase dois navios por dia, considerando o que vem sendo descarregado, mês a mês, de outubro de 2021 até março deste ano.

Além da mudança nas regras, o porto investiu em balanças, o que acabou agilizando o atendimento dos caminhões à demanda da descarga no cais. “Subimos de 800 mil toneladas/mês para mais de um milhão de toneladas”, afirma o diretor de Operações, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Segundo ele, manter a fluidez e a agilidade na descarga dos navios que trazem os granéis de importação é um complexo que não depende apenas da produtividade do costado.

“Depende do destino do produto – para qual armazém vai; das condições do armazém – os horários; as condições de retirada da mercadoria, carregando para o Interior; entre outros fatores, como a chuva também”, comenta Teixeira. Só no mês de março, como lembra o diretor de Operações, foram quase 12 dias de chuva.

MERCADO

O gerente executivo do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado do Paraná (Sindiadubos), Décio Luiz Gomes, explica que o fertilizante que chega neste ano – janeiro, fevereiro, março e abril – já estava comprado desde o ano passado, entre setembro e outubro.

Segundo o representante do segmento, os países importadores de fertilizantes – não apenas o Brasil – acabaram antecipando a compra dos produtos, diante de “uma certa falta de matéria prima para a fabricação” e da crise energética no mundo.

Os portos paraenses são as principais entradas dos fertilizantes no país. Como confirma o Ministério da Economia (ComexStat), com base nos dados do 1º trimestre do ano, cerca de 31,5% dos produtos importados pelo Brasil chegam por Paranaguá e Antonina.

Além de entrada, Paranaguá acaba sendo também centro de comercialização do produto. E nessas negociações, segundo Gomes, as empresas têm as próprias políticas, capacidade e estratégias.

São essas estratégias, segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, que fazem com que, muitas vezes, mesmo estando à frente no line-up, alguns navios acabem recusando a atracação.

LINE UP - Na última quarta-feira (20), 18 navios aguardavam para descarregar cerca de 585 mil toneladas de fertilizantes somente no Porto de Paranaguá. Desses, 13 estão com todas as exigências operacionais e de documentação prontas, e um deles deve atracar ainda no mesmo dia (hoje).

Nessa ordem de alinhamento, por chegada, como explica o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, quando o porto disponibiliza um berço os que aceitam atracar nos berços alternativos não são, necessariamente, os que chegaram primeiro. “Por interesse, alguns acabam preferindo aguardar mais”, pontua Teixeira.

Dia 20, apenas nos berços do cais do Porto de Paranaguá, são descarregados quatro navios simultaneamente – somando quase 114 mil toneladas de fertilizantes.

CAPACIDADE

Paranaguá tem uma capacidade estática para mais de três milhões de toneladas de fertilizantes. Somando o espaço em novos galpões lonados, chega a quase 3,5 milhões de toneladas. Apesar de grande, essa capacidade acaba ficando limitada, principalmente quando há demora na expedição do produto para o destino final, no Interior do país.

No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante, mas os navios com a carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço do cais público que não esteja ocupado.

O Porto de Paranaguá conta ainda com um píer privado (Fospar), com dois berços exclusivos e interligados por esteiras. E, em Antonina, são 2 berços que podem operar o produto.

VOLUMES MOVIMENTADOS DE FERTILIZANTES

De janeiro a março, neste ano, 3.068.596 toneladas de fertilizantes foram desembarcadas nos portos do Paraná – 26% a mais que as 2.436.122 toneladas registradas no mesmo período em 2021.

Na movimentação mensal, as altas observadas nos últimos três meses foram de 18% em janeiro (884.268 toneladas); 43% em fevereiro (1.318.708 toneladas); e 20% em março (867.930 toneladas).

No ano passado, nos mesmos meses, os volumes descarregados foram, respectivamente 749.965 toneladas (janeiro); 919.997 (fevereiro); e 721.232 toneladas (março).

Fonte: Comex do Brasil

Exportações e importações seguem em alta e balança comercial acumula superávit de US$ 17,28 bilhões no ano

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 17,28 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de abril, com crescimento de 7,7% sobre o período de janeiro a abril do ano passado, pela média diária. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) subiu 22,6%, atingindo US$ 158,41 bilhões, com US$ 87,85 bilhões em exportações (+20,9%) e US$ 70,57 bilhões em importações (+24,7%).

Segundo dados divulgados na segunda-feira (18) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o superávit no mês é de US$ 5,48 bilhões, com crescimento de 10,1% sobre abril de 2021, e a corrente de comércio aumentou 21,7%, alcançando US$ 25,65 bilhões. As exportações em abril, até a terceira semana, somaram US$ 15,56 bilhões, em alta de 19,5%, e as importações cresceram 25,3% e totalizaram US$ 10,08 bilhões.

Apenas na terceira semana de abril, o saldo ficou positivo em US$ 1,93 bilhão, com US$ 6,590 bilhões de exportações e US$ 4,657 bilhões em importações, gerando uma corrente de comércio de US$ 11,247 bilhões.

Exportações no mês

No acumulado do mês, as exportações da agropecuária diminuíram 2,8%, ficando em US$ 3,74 bilhões. Houve crescimento, no entanto, nas vendas da indústria extrativa (+12,5%), que chegaram a US$ 3,74 bilhões. Já a indústria de transformação alcançou US$ 8,01 bilhões, em alta de 38,6%, pela média diária, sobre abril de 2021.

Na agropecuária, apesar do recuo no valor total, cresceram as exportações de trigo e centeio, não moídos (+529.913,7%); milho não moído, exceto milho doce (+381,1%); e café não torrado (+42,5%).

A indústria extrativa ampliou as exportações, principalmente, de outros minerais em bruto (+ 24,3%); minérios de níquel e seus concentrados (+289,3%); e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+68,7%).

Já a indústria de transformação vendeu mais carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+85%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+58,7%); e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+112,6%).

Importações do mês

Do lado das importações, a Secex registrou aumento de 25,4% na agropecuária, que somou US$ 240 milhões. Já a indústria extrativa diminuiu as compras em 8%, ficando em US$ 435,48 milhões, enquanto a indústria de transformação somou US$ 9,32 bilhões, um crescimento de 28,4% sobre o mesmo mês do ano passado.

Na agropecuária, os destaques nas importações foram pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+45,9%); milho não moído, exceto milho doce (+300,3%); e soja (+175,5%).

Para a indústria extrativa, embora o valor total tenha caído, subiram as compras de outros minérios e concentrados dos metais de base (+25,8%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+34,1%); e gás natural, liquefeito ou não (+72,6%).

Já o aumento das importações da indústria de transformação foi puxado por óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+65%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+65,3%); além de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+225,5%).

Fonte: Comex do Brasil 

Comércio Brasil-EUA bate recordes históricos e totaliza US$ 19 bilhões no primeiro trimestre de 2022

O intercâmbio comercial entre o Brasil e os Estados Unidos alcançou cifras  recordes da série histórica no primeiro trimestre deste ano, período em que a corrente de comércio (exportação+importação) totalizou US$ 19,028 bilhões. Nos três primeiros meses do ano, o Brasil exportou bens no total de US$ 7,593 bilhões (com uma alta de 35,9% comparativamente ao mesmo período de 2021)  e importou US$ 11,434 bilhões em produtos americanos (variação de+43,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado).

A balança comercial proporcionou aos Estados Unidos um superávit no valor de US$ 3,84 bilhões. Os dados constam do Monitor do Comércio Brasil-EUA elaborado pela Amcham Brasil e divulgado hoje (18).

De acordo com o Monitor, as exportações brasileiras cresceram 35,9%, atingindo o valor inédito de US$ 7,6 bilhões no trimestre, alavancadas pelos embarques de produtos semiacabados, lingotes etc (US$1,030 bilhão); petróleo (US$ 843 milhões);café não torrado (US$ 453 milhões); ferro gusa (US$ 283 milhões); e madeira parcialmente trabalhada (US$ 268 milhões).

O desempenho positivo no 1° trimestre reforça a projeção da Amcham de crescimento e novo recorde no comércio bilateral para o ano de 2022.

Do lado americano, foi registrado um aumento de 43,2% nas vendas ao Brasil e as exportações também alcançaram uma cifra recorde, da ordem de US$ 11,4 bilhões. O grande destaque ficou por conta do aumento de 263,9%  nas importações de gás natural.

Os principais produtos exportados pelos Estados  Unidos para o Brasil foram óleos combustíveis (US$ 2,1 bilhões); gás natural (US$ 2,1 bilhões); motores e máquinas não-elétricos (US$1,007 bilhão); demais produtos da indústria de transformação (US$ 411 milhões) e carvão (US$ 373 milhões).

Fonte: Comex do Brasil 

Regimes aduaneiros especiais ajudam a desburocratizar o comércio exterior e fortalecem a balança comercial brasileira

De acordo com Ministério da Economia, na última semana, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 15,3 bilhões no acumulado do ano, um crescimento de 1,3% que superou a marca de 2021. Mas, mesmo com a expansão do comércio exterior, restam muitas dúvidas no que diz respeito às isenções fiscais e como utilizá-las para desburocratizar a atuação internacional das empresas brasileiras.

O Drawback, por exemplo, é um grande aliado quando se trata de suspensão ou isenção do pagamento de tributos. “Em resumo, é um benefício concedido pelo Governo Federal que permite às empresas adquirirem seus insumos no mercado interno ou importação sem o pagamento de impostos, visando a posterior exportação dos bens que produz”, explica Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em comércio exterior que detém 4% do market share nas emissões de Drawback Isenção no Brasil.</p>

Segundo ele, essas normas são mecanismos que reduzem a carga tributária e aumentam a produtividade do negócio. “Isso porque, em alguns casos, é possível reduzir em até 50% os custos de produção, o que impacta diretamente na hora de expandir para novos mercados. Inclusive, temos clientes que já economizaram mais de R$ 1 milhão em quatro meses só utilizando o Drawback”, afirma Fábio.

Para o especialista, o Drawback, caracterizado pela facilidade em sua utilização e grande abrangência de beneficiários pelos poucos pré-requisitos exigidos, é a que atende uma escala maior de empresas. Mas, ele destaca, ainda, que existem outras opções. Conheça cada uma:

Drawback

O Drawback é um Regime Aduaneiro Especial que tem por objetivo fomentar a exportação através da redução ou eliminação de impostos na aquisição de insumos. Este regime é composto por três modalidades principais, sendo elas: isenção, suspensão e restituição.

De modo geral, o Isenção é tratado como um regime de reposição de estoque. Ou seja, se nos últimos dois anos a empresa realizou exportações, ela poderá abrir um Drawback Isenção e recomprar todas as matérias-primas utilizadas na produção destes bens com isenção dos tributos federais, tanto importados como nacionais.

Já no Drawback Suspensão a empresa pode importar ou adquirir no mercado interno insumos e matérias-primas de produtos a serem exportados futuramente, tendo 2 anos de prazo para efetivar essas exportações. E, como o próprio nome já diz, a restituição é adotada quando o empresário pede o reembolso dos tributos já pagos na importação da sua mercadoria que posteriormente foi objeto de processo produtivo de mercadoria exportada. Vale ressaltar que a modalidade restitutiva encontra-se em amplo desuso em detrimento do Drawback Isenção.

“Diante do atual cenário político do Brasil e do mundo, este regime se torna um forte mecanismo para a retomada da economia no pós-pandemia, principalmente por impactar no crescimento do comércio exterior no nosso país”, analisa Fábio.

Outras opções

Mas, o especialista explica que, em alguns casos, a expansão do negócio será mais efetiva se outros regimes forem adotados, como é o caso do Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof).

O Recof possibilita ao usuário importar ou adquirir no mercado local mercadorias com suspensão de tributos onde parte destas mercadorias devem ser submetidas à industrialização, podendo ser destinadas posteriormente tanto ao mercado interno quanto ao externo. Sempre lembrando que o Recof, diferentemente do Drawback possui um número maior de pré-requisitos e é necessário ter a exportação como algo consolidado dentro da empresa.

Contudo, é preciso uma análise cautelosa para que haja economia efetiva em cada negócio. “A dica é buscar assessoria ou aconselhamento acerca dos regimes antes de consolidar uma estratégia de isenção fiscal. Esse é o principal diferencial para crescimento e desburocratização da sua empresa”, conclui Fábio Pizzamiglio.

Fonte: Comex do Brasil

Como a covid criou um congestionamento gigantesco no porto de Xangai que afeta o mundo inteiro

O porto é considerado o maior do mundo - e as consequências do congestionamento são cadeias de suprimentos tensas, fluxo lento de importações e aumento da inflação no mundo todo

Dezenas de cidades da China estão atualmente em confinamento parcial ou total após um novo aumento de casos de coronavírus no país devido à disseminação da variante ômicron. A situação ameaça a controversa estratégia de "covid zero" das autoridades chineses.

Com 25 milhões de habitantes e um peso vital para a economia do país, a cidade de Xangai sofre a pior onda de covid desde o início da pandemia, em Wuhan, há mais de dois anos.

A metrópole chinesa não é apenas um centro financeiro global, mas também um dos portos de carga mais importantes para o comércio internacional. Nos últimos dez anos, tem sido o maior porto do mundo em termos de movimentação de cargas. Em 2021, o porto de Xangai foi responsável por 17% do tráfego de contêineres e 27% das exportações da China.

No entanto, o confinamento ao qual a cidade está submetida dificulta a chegada dos caminhões para levar as mercadorias a outros locais ou distribuí-las às fábricas próximas. Muitas indústrias, como a Volkswagen e a Tesla, tiveram que interromper suas atividades.

"As restrições afetam principalmente as estradas de entrada e saída do porto, resultando em um acúmulo de contêineres e uma redução de 30% na produtividade", explica Mike Kerley, gerente de investimentos da empresa Janus Henderson.

Soma-se a isso a carência de trabalhadores portuários para processar os documentos necessários para que os navios desembarquem suas mercadorias ou façam a inspeção de saída.

Agora os barcos também estão se acumulando na costa e nos canais ao redor do porto esperando o sinal verde para atracar.

Os dados da consultoria VesselsValue demonstram como aumentaram os tempos de espera para navios tanque, navios graneleiros e navios cargueiros.

Outro problema é que milhares de contêineres estão se acumulando no porto, colocando mais uma vez a cadeia de suprimentos global em xeque justamente quando os analistas estavam confiantes em sua recuperação após a pandemia.

Embora o porto permaneça operando, está cada vez mais entupido.

A Câmara de Comércio da União Europeia estimou que havia 40% a 50% menos caminhões disponíveis em Xangai e que menos de 30% da força de trabalho de Xangai pode retornar ao trabalho. As medidas impostas pela China nesta nova onda de covid determinam que todos que forem diagnosticados com a doença devem ficar em quarentena mesmo que não apresentem sintomas.

Uma grande parte está em quarentena em instalações centralizadas, onde muitas pessoas se queixam de más condições.

Máquinas de lavar, aspiradores e roupas

Os principais produtos exportados por Xangai incluem máquinas de lavar, aspiradores, painéis solares, componentes eletrônicos e têxteis.

"A escassez temporária pode ser aparente para esses produtos, já que a exportação através de Xangai representa 30-50% do total das exportações chinesas desses produtos", disse Kerley, da Janus Henderson.

A Ocean Network Express, uma empresa japonesa de transporte, avisou os clientes que contêineres estão se acumulando no porto de Xangai.

"A situação não melhorou desde nossa última atualização em 6 de abril. O transporte rodoviário continua limitado e os terminais ainda estão congestionados, enquanto a capacidade de conexão da zona refrigerada continua muito tensa", disse a empresa em um comunicado.

A maior empresa de transporte marítimo do mundo, Maersk, também emitiu um comunicado nesta semana dizendo que "vários navios vão pular o porto de Xangai em suas rotas" devido à falta de espaço disponível para contêineres.

As consequências globais são cadeias de suprimentos tensas, fluxo lento de importações e aumento da inflação.

"Há muita preocupação de que as exportações sejam afetadas e do impacto inflacionário no mundo, inclusive na América Latina, que é um grande parceiro comercial da China", diz Alicia García-Herrero, economista-chefe para Ásia-Pacífico do banco de investimentos Natixis .

"Como a capacidade do porto não é a mesma de março, nem de fevereiro, levará algum tempo para resolver tudo isso. Mesmo que o lockdown da cidade termine amanhã, há um acúmulo de capacidade que não será resolvido rapidamente", diz Rodrigo Zeidan, professor de Economia e Finanças da NYU Shanghai, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC

"A inflação vai continuar por um tempo. Os preços de muitos bens levarão algum tempo para se estabilizar", acrescenta Zeidan. Os analistas do Bank of America acreditam que o impacto mais grave provavelmente será visto no fim do mês de abril.

"Embora as autoridades já tenham notado os problemas e começado a tomar medidas nos últimos dias, é provável que as interrupções (na cadeia de suprimentos) se estendam por todo o mundo dentro de 3 a 6 semanas e durem ao menos até o final do segundo trimestre", diz o banco em um comunicado.

O que vai acontecer na América Latina

O efeito na América Latina pode ser duplo, acredita Zeidán.

Primeiro em termos de produtividade econômica, diz ele, pois mesmo que haja demanda da China por todas as matérias-primas que ela importa da América Latina, os embarques não serão fáceis de fazer.

"Isso já está acontecendo. As taxas de envio estão ficando absurdamente altas por um longo tempo e os preços estão subindo."

E segundo, a inflação vai subir um pouco mais.

No entanto, vários dos especialistas consultados acreditam que, considerando a importância do porto de Xangai para o comércio da China, é improvável que as restrições durem muito. Eles dizem que o mais provável é que o governo chinês faça o possível para voltar à normalidade o mais rápido possível.

Fonte: G1

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