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Resumo de Notícias da Semana 17

Grupo Pinho
October 3, 2022

Brasil e China debatem oportunidades de cooperação econômica, financeira e investimentos

Representantes do Brasil e da China discutiram oportunidades de cooperação econômica e financeira e investimentos entre os dois países, na última quinta-feira (28), durante a 9ª Reunião da Subcomissão Econômico-Financeira da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Participaram do encontro virtual, entre outras autoridades, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, e o vice-ministro de Finanças da China, Yu Weiping.

O tema central da reunião foram os investimentos em infraestrutura, com apresentação de portfólios de projetos e debates sobre as experiências dos dois países em questões de financiamento e planejamento nesse setor. “O foco da reunião foram parcerias público-privadas, inovações financeiras, uso de moeda local, transparência e licitações, além do sistema chinês de acompanhamento da responsabilidade de todo o ciclo de vida dos projetos de investimentos em infraestrutura”, informou Roberto Fendt.

Cooperação

O encontro também tratou de temas como a cooperação econômico-financeira em fóruns internacionais, com destaque para os principais tópicos das reuniões do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre outros pontos, a pauta incluiu o atual cenário econômico internacional, os avanços nos campos de finanças sustentáveis e o desenvolvimento de ferramentas financeiras para lidar com os desafios globais.

Outro destaque das discussões foi a participação mútua em bancos multilaterais de desenvolvimento, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB).

Os resultados da reunião da Subcomissão Econômico-Financeira e outros avanços recentes da cooperação sino-brasileira em finanças serão levados para a próxima reunião plenária da Cosban, agendada para o mês de maio.

Além do secretário Roberto Fendt, o Ministério da Economia foi representado pelo secretário de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos, Wesley Cardia, e pelos subsecretários de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica, Marco Aurélio Rocha, e de Planejamento da Infraestrutura Nacional, Fabiano Pompermayer.

Fonte: Comex do Brasil

Porto de Santos registra no 1º. trimestre a maior participação na corrente comercial brasileira dos últimos anos

A movimentação de cargas no Porto de Santos no primeiro trimestre continuou aquecida e registrou crescimento de 9,6% sobre o mesmo período do ano passado, somando 38,7 milhões de toneladas e caracterizando-se como a melhor marca para o período. O excelente desempenho elevou a participação do Complexo Portuário de Santos na corrente comercial brasileira para 29,7%, melhor patamar para o primeiro trimestre desde 2016.

As exportações responderam por 27,7 milhões de toneladas e as importações, por 10,9 milhões de toneladas, registrando aumentos de, respectivamente, 11,3% e 5,7%.

“O crescimento da movimentação de cargas no primeiro trimestre bem como o avanço do Porto na participação das trocas comerciais brasileiras reforçam a necessidade de acelerar investimentos para estarmos à frente da demanda, que cresce bem acima do PIB. Com o pacote de leilões de áreas que definimos, estamos no caminho certo para prover com eficiência as necessidades do comércio exterior, que tem em Santos seu principal ativo de infraestrutura”, afirma o diretor de Operações da Santos Port Authority (SPA), Marcelo Ribeiro.

A ligeira redução de 0,1% na movimentação de março na comparação anual, para 15,14 milhões de toneladas, não comprometeu o desempenho recorde trimestral. Ressalte-se que março de 2021 foi a maior marca mensal histórica do Porto, portanto, a base de comparação foi muito alta. Ainda assim, o desempenho do mês demonstrou estabilidade e garantiu o segundo melhor resultado mensal do Porto.

Entre as cargas de exportação, a soja em grãos, carga de maior volume movimentada (9,6 milhões de toneladas), registrou aumento de 21,2% sobre a mesma base trimestral; seguida pela celulose (1,9 milhão de toneladas), com crescimento de 67,8%; milho (1,2 milhão de toneladas), com 102,4% de alta; farelos (1,9 milhão de toneladas), com 36,9% de aumento; e carne, com 597 mil toneladas e crescimento de 62%.

O fertilizante foi o destaque nas cargas de importação, apontando crescimento de 27,6% no trimestre e totalizando 2,3 milhões de toneladas.

A carga conteinerizada vem se mantendo em um patamar próximo ao de 2021, totalizando 1,16 milhão de TEU (contêiner de 20 pés) no trimestre, 3,4% abaixo do 1,2 milhão de TEU consolidados no mesmo período do ano passado.

Os granéis sólidos (19,5 milhões de toneladas) apresentaram aumento de 17% no trimestre, refletindo o bom desempenho do complexo soja, milho e fertilizantes, destacando-se como a melhor marca para o período.

Os granéis líquidos somaram 4,5 milhões de toneladas, alta de 2,9% no acumulado do ano, registrando, também, a maior marca para esse período.

O fluxo de navios envolveu 1.224 atracações, 4,1% acima do verificado no primeiro trimestre do ano passado.

Balança Comercial

Do total das trocas comerciais que passaram por Santos no trimestre, 32,2% tiveram a China como parceiro. São Paulo se manteve como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior por meio do complexo santista (52,2%).

Fonte: Comex do Brasil

Crise dos fertilizantes segue preocupando o mundo dois meses após o início da guerra na Ucrânia

Após dois meses do início do conflito militar na Ucrânia, a crise dos fertilizantes continua. Com incertezas sobre um possível embargo aos produtos vindos da Rússia e Bielorrússia, o setor do agronegócio fortalece a importação do insumo para abastecer a produção nacional. Ao todo, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são produzidos em outros países.

Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em comércio exterior, aponta para o aumento da compra dos produtos pelos produtores nacionais, “com a possibilidade de uma sanção, os produtores buscam reforçar os seus estoques, com o objetivo de manutenção da produção nacional”, defende.

Na última semana, o Governo brasileiro solicitou à OMC (Organização Mundial do Comércio), a manutenção do comércio internacional do insumo enquanto durar a Guerra na Ucrânia. Para Fábio, esta manutenção é necessária, já que “25% dos fertilizantes utilizados no Brasil vêm de países que atualmente estão envolvidos diretamente no conflito”, afirma o executivo.

O executivo da Efficienza defende o enfrentamento da questão a partir de dois aspectos: a diversificação da importação e o aumento da produção nacional.

“Precisamos aumentar os esforços para a gestão dessa importação para os próximos anos. O Plano Nacional de Fertilizantes é uma solução adequada, mas em longo prazo. Até lá, será necessária uma diversificação maior dos fornecedores”, afirma.

O especialista também explica que, enquanto durar a Guerra na Ucrânia, o valor do produto continuará elevado, algo que gera um impacto direto na inflação. Ao mesmo tempo, a demanda pelo produto permanece elevada, um fator que pode ser sentido nos portos do Brasil. Na última semana, o Estado do Paraná atualizou as regras para acelerar a movimentação do produto.

“É de suma importância ver esse movimento, em um momento de crise, em que podemos estar desabastecidos, precisamos adequar os portos para manter o agronegócio do país. É uma questão de segurança alimentar, para o Brasil e para o mundo”, defendeu.

Entre janeiro e março de 2022, foram desembarcadas um total de 3.068.596 toneladas de fertilizantes nos portos do Paraná, um número 26% maior que no mesmo período do ano anterior.

Fonte: Comex do Brasil 

Fechamento de portos e guerra na Ucrânia geram falta de produtos importados e afetam a logística no Brasil

O mundo tem passado por várias crises e se engana quem pensa que elas não afetam o Brasil. A cadeia logística, que já vinha sofrendo com os constantes aumentos no valor de fretes, também corre o risco de enfrentar a falta de produtos.

O fechamento dos portos chineses em função do lockdown é um dos fatores mais preocupantes para o setor. A situação é mais grave para os exportadores, por conta do congestionamento que se forma em volta dos maiores portos do mundo, causando grande impacto nos gargalos logísticos.

Para Rafael Dantas, diretor comercial da Asia Shipping, a crise atual envolve a falta de importados como fator principal. “Não acredito que voltaremos ao patamar de fretes de 2021. Hoje o cenário é outro, o consumo caiu e o Brasil não está mais em lockdown. A demanda voltou a uma normalidade, mas certamente teremos escassez de produtos”, afirma.

Embora nos últimos meses o valor dos fretes tenha se estagnado e, em alguns casos diminuído, o setor espera por um aumento nos próximos meses com a chegada da alta temporada. Isso evidenciará os gargalos logísticos e a demanda reprimida a ser escoada após o encerramento do lockdown chinês.

“Neste momento, ainda é difícil prever uma normalização na situação da China, já que envolve decisões a serem tomadas pelo governo sobre o surto de Covid no país. A política de tolerância zero na China pode gerar grandes problemas para o Brasil, especialmente com o congestionamento nos portos, falta de vazão de mercadorias e investimentos extras dos armadores, uma vez que carga parada significa altos prejuízos”, ressalta Dantas.

Nearshoring

Embora o País tenha registrado em 2021 um superávit de US$ 61 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, com recorde nas exportações, que checaram a US$ 280 bilhões, a participação no comércio global está aquém do potencial do Comex brasileiro, mas com grandes chances de superar as dificuldades.

Segundo Larry Fink, CEO da BlackRock, fundo que administra mais US$ 10 trilhões globalmente, o Brasil e a América Latina podem se beneficiar do que chama de “nova ordem mundial”. Se Brasil, México e Colômbia se concentrarem e se abrirem para novos negócios, haverá mais empresas próximas ao nearshoring ou onshoring, modelo bastante utilizado na terceirização de serviços de tecnologia. A principal vantagem seria contar com fábricas regionalizadas para atender uma demanda local, evitando rupturas na cadeia logística, como ocorreu com a China durante a pandemia e, mais recentemente, com a política de tolerância zero em relação aos casos de Covid, que levou ao fechamento de alguns portos e cidades.

Outro ponto positivo do nearshoring é descentralizar a dependência de um único país, especialmente em cenários de incerteza. “Porém é um processo que deve ocorrer gradualmente, pois os ‘desbravadores’ terão que solucionar problemas políticos e de infraestrutura regionais, além de promover investimentos consideráveis em tecnologia e formação de mão de obra especializada para desenvolver uma nova cultura de comércio exterior. Os desafios são grandes, mas as oportunidades de figurar entre os protagonistas da nova ordem mundial são maiores e plausíveis na visão de entidades internacionais, pelo menos no médio e longo prazo”, complementa Rafael Dantas.

Fonte: Comex do Brasil

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