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Resumo de Notícias da Semana 25

Grupo Pinho
October 3, 2022

Operação-padrão dos auditores agropecuários gera filas no Porto de Santos e 5 mil contêineres aguardam liberação 

Cerca de cinco mil contêineres estão à espera de liberação para entrada e saída do Porto de Santos, em São Paulo, maior complexo portuário da América Latina. Responsáveis por permitir a entrada e saída de diversos produtos no país, os auditores fiscais federais agropecuários (affas), servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estão em mobilização por reestruturação da carreira desde o final e dezembro do ano passado.

Eles reivindicam a realização de concurso público para suprir a carência de 1.620 affas no Brasil, reposição de perdas inflacionárias de mais de cinco anos e equiparação salarial com outras carreiras de auditoria e fiscalização.

A fila de contêineres é referente só ao período de 50 dias de operação-padrão da categoria. Outro agravante é a demora na emissão dos certificados que liberam o ingresso de produtos variados do Brasil, de origem vegetal e animal, no exterior. Com a mobilização da carreira, os certificados levam até 14 dias para serem emitidos, quando normalmente são emitidos em 72 horas.

Outro ponto de atenção é a fiscalização dos paletes de madeira, que ajudam no transporte, manuseio, armazenagem e suporte de cargas. Elas podem conter pragas exóticas vindas de outros países, e que muitas vezes impactam importações de setores que não tem correlação com a agropecuária, como a indústria automotiva, química e até aeronáutica.

Além do impacto nos contêineres, também estão sendo afetados os navios graneleiros de trigo e fertilizantes para a importação. No caso da exportação, muitos contêineres e navios já encontram dificuldades na liberação das cargas nos países de destino, também por causa do atraso na emissão das certificações, gerando impacto no recebimento das vendas amparadas por carta de crédito.

Os affas são responsáveis pela liberação de diversos produtos na importação. A gama de produtos abrange alimentos como pescados, queijos, embutidos, frutas, grãos, as bebidas alcóolicas e não alcóolicas, além dos insumos da agricultura e pecuária, como os fertilizantes, agroquímicos, sementes, produtos veterinários e rações para animais.

De acordo com o ANFFA Sindical, que representa os affas em todo o Brasil, a situação de Santos é reflexo da mobilização e do desgaste imposto à carreira, que pela falta de pessoal, é obrigada a cumprir turnos extras não compensados ou remunerados, como o tempo de almoço, estendido por até três horas, obrigando os funcionários a ficar mais tempo no ambiente de trabalho.

“Também estamos mobilizados contra a aprovação do projeto de lei 1.293/2021, conhecido como PL do Autocontrole, que terceiriza atividades inerentes aos affas, de auditoria e fiscalização”, destaca Janus Pablo, presidente do ANFFA e lembra que recentemente, a carreira teve a greve de 48 horas frustrada pela Justiça, o que aumentou ainda mais a insatisfação da categoria, descontente com o descaso do governo federal em relação à reestruturação.

Fonte: Comex do Brasil 

Porto Itapoá comemora 11 anos de história como um dos cinco terminais mais importantes do País e referência em inovação

O Porto Itapoá completa 11 anos com indicadores e números a serem celebrados. Apesar de bastante jovem, já figura entre os cinco maiores portos do Brasil, sendo uma referência na movimentação de contêineres. Ao longo de sua história, mais de 5 mil navios atracaram no Terminal, movimentando cerca de 4 milhões de contêineres e 6,5 milhões de TEUs (Twenty-foot equivalent unit).

O crescimento do Porto norte-catarinense impressiona: seu faturamento saltou de R$ 25 milhões no começo da operação para mais de R$ 550 milhões em 2021. Desse montante, 72% correspondem ao mercado interno e 28% ao mercado externo. Os planos, entretanto, são continuar crescendo.

O presidente do Porto Itapoá, Cássio Schreiner, reforça a relevância do Terminal no contexto nacional. “Temos feito investimentos constantes no melhoramento de nossa operação, seja na mão de obra, tecnologia ou infraestrutura de maneira geral. Por conta disso, conquistamos nosso lugar entre os grandes <em>players</em> do mercado”, afirma.

A declaração de Schreiner tem como base algumas das conquistas do Terminal nesses 11 anos. Ainda em 2022, foi considerado, pelo 4° ano consecutivo, o porto mais bem recomendado pelos clientes em todo o Brasil, segundo ranking do Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC).

Para materializar esse crescimento, em 2021 a empresa captou no mercado, através de debêntures incentivadas, R$ 750 milhões. Este capital vai ser usado para financiar a ampliação do pátio dos atuais 250 mil metros quadrados para 455 mil metros quadrados em sua fase final. Com isso, o Porto Itapoá vai elevar sua capacidade de movimentação de 1,2 milhão de TEUs para 2 milhões de TEUs ao ano.

A capacidade operacional do Terminal pode ser ainda bastante potencializada com a chegada de novas empresas do segmento logístico na chamada retroárea. “Temos uma oportunidade imensa em Itapoá, são mais de 10 milhões de metros quadrados de área que podem receber investimentos diversos em empreendimentos de suporte à atividade portuária”, explica Cássio Schreiner. “Além disso, temos a chance de planejar esse crescimento para que aconteça de forma ordenada, respeitando as boas práticas socioambientais”, conclui.

O cenário futuro do Porto Itapoá tem se desenhado com otimismo. A obra para ampliação e retificação do canal de acesso, na entrada da Baía da Babitonga, já tem licença prévia emitida pelo IBAMA. Isto permitirá que navios maiores, de até 360m, aportem na região. O acesso rodoviário também passa por este processo: todas as rodovias já têm projetos executivos em andamento para suas duplicações. Uma ferrovia também já é estudada por autoridades.

Desenvolvimento regional

O Porto Itapoá tornou-se um vetor para o desenvolvimento da região. Somente em relação a arrecadação de ISS o município teve um salto de R$ 210 mil por ano (2010) para aproximadamente R$ 20 milhões por ano (2021). Neste mesmo período, o aumento da receita geral saltou de R$ 35 milhões para aproximadamente R$ 200 milhões, mais de 570% de crescimento.

Com mais de mil empregos diretos no Terminal e cerca de 4 mil indiretos, estima-se que 50% da mão de obra de Itapoá esteja ligada à atividade portuária. Somente os colaboradores do Porto Itapoá são responsáveis por fazer circular dentro do município aproximadamente R$ 30 milhões por ano.

O Porto também já fez investimentos diretos na cidade com a destinação de R$ 140 milhões para infraestrutura – rede elétrica, acessos rodoviários e segurança pública. Também promove mais de 30 programas socioambientais onde já foram investidos mais de R$ 30 milhões.

Fonte: Comex do Brasil

FGV aponta aumento de importações brasileiras em maio e queda de superávit

No mesmo período, houve redução no volume exportado, o que provocou uma queda no superávit no quarto mês do ano, quando comparado com o mesmo período de 2021

Divulgado nesta quarta-feira (22), o Indicador de Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas (Icomex/FGV) aponta aumento de volume e preço de importações realizadas pelo Brasil em maio.

No mesmo período, houve redução no volume exportado, o que provocou uma queda no superávit no quarto mês do ano, quando comparado com o mesmo período de 2021.

No quinto mês do ano, segundo o Icomex, o saldo positivo da balança comercial em maio foi de US$ 4,9 bilhões. O número representa uma redução de US$ 3,6 bilhões em relação a maio de 2021. O fenômeno é explicado pela queda de exportações para a China, principal parceira comercial do país.

No período, as maiores contribuições para aumento do volume importado foram as de derivados de petróleo, como óleo diesel, nafta, de petróleo e produtos associados a adubos e fertilizantes.

“Os importadores, com receio da conjuntura internacional e com as turbulências que vem ocorrendo no mercado de petróleo no Brasil, podem ter antecipado suas compras. É prematuro concluir que se iniciou uma mudança no rumo das importações. (…) A Organização Mundial do Comércio revisou o crescimento do comércio mundial de 4,7% para 3% para 2022, devido à Guerra na Ucrânia, a desaceleração do crescimento na China e aceleração da inflação”, diz um trecho da divulgação do indicador.

Segundo a publicação, em valor, as exportações caíram 13,2% em maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações cresceram 39,9%.

Apesar da redução do volume de exportações (8,1%), ocorrido em maio, houve aumento em valor, justificado pela alta dos preços (22,5%), repetindo um fenômeno que já havia ocorrido em abril. Quando comparado com 2021, o volume de importações vinha em queda desde fevereiro, após ligeiro aumento de 0,3% no primeiro mês do ano.

Os pesquisadores do Icomex entendem que o ambiente pode se tornar mais favorável ao Brasil na balança comercial, nos próximos meses. “O superávit em 2022 pode ainda ser superior ao de 2021, desde que a variação no volume importado desacelere num cenário de elevação de preços das commodities”, aponta a publicação.

Segundo o indicador, o volume exportado pelo Brasil no acumulado de 2022 cresceu para quase todos os mercados: a China, com redução de 13,1%, e os demais países asiáticos, com retração de 2,4%, são as exceções. O maior crescimento ocorreu para países da América do Sul, seguido pela União Europeia.

Fonte: CNN Brasil

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