Notícias

Exportação para a China segue concentrada em 10 produtos e apenas 7 estados alcançam diversificação, mostra estudo do CEBC

Grupo Pinho
October 3, 2022

Exportação para a China segue concentrada em 10 produtos e apenas 7 estados alcançam diversificação, mostra estudo do CEBC

 Apenas sete estados brasileiros conseguiram diversificar suas exportações para a China no período de 2012 e 2021: os três da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas e Mato Grosso. Todos os demais tiveram concentração das vendas, quando é considerada a participação dos 10 principais produtos no total embarcado. Por esse critério, a China registrou um nível de concentração superior ao de todos os outros parceiros comerciais do Brasil. No período analisado, os 10 principais produtos exportados representaram 90,6%, em média, do total das vendas para a China.

Essas são algumas das conclusões do estudo Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação, que identifica 216 produtos com potencial de ampliação de vendas para a China. Se essas oportunidades foram aproveitadas, haverá uma relativa desconcentração da pauta. O trabalho será lançado nesta terça-feira (07), às 10h, em evento online que terá participação da Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres.

Elaborado pelo especialista em comércio internacional Fabrizio Panzini, o trabalho mostra que as exportações do Brasil para a China cresceram cinco vezes mais que os embarques para o mundo entre 2012 e 2021. Em todas as regiões do Brasil, a expansão das vendas ao país asiático superou a média das exportações totais no período. Em 2021, a China era o principal destino das exportações de 19 dos 27 entes federativos.

Em termos regionais, o Sudeste e o Sul possuem o maior número de produtos com oportunidades de crescimento das exportações à China nos próximos anos, como 151 e 150, respectivamente. Também são as regiões com maior potencial de diversificação com bens de mais alto valor agregado. O Nordeste exibe o terceiro maior número de produtos com oportunidades (112 no total).

Quando se analisa as oportunidades por setores, nota‐se concentração em sementes oleaginosas, minérios e combustíveis, cujos produtos principais já dominam a pauta atual para a China. Mas o estudo identifica outros setores com um número importante de bens a serem explorados para diversificação, entre os quais peles e couros (7 produtos); carnes (8); ferro fundido, ferro e aço (9); pedras e gessos (11); produtos químicos orgânicos (11); madeira e obras de madeira (15) e máquinas e equipamentos (19).

Excetuando aqueles produtos em que o Brasil já possui participação elevada no mercado chinês, destacam-se oportunidades em relação aos seguintes bens: ferro fundido bruto não ligado; produtos de nióbio; outros resíduos de soja; milho; miudezas de suíno congelada; minérios de cobre; minérios de manganês; madeira serrada; celulose (de não conífera); madeiras de não coníferas; fumo não manufaturado; cátodos de cobre; ferroníquel; polietilenos; miudezas de frango; ferronióbio; celulose para dissolução; óleo de soja e semimanufaturas de ferro e aço não ligadas.

A identificação dos produtos com potencial de ampliação nas vendas para a China foi realizada a partir do Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais para as Exportações Brasileiras da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). As simulações dos potenciais ganhos de exportação até 2030 foram realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a utilização de um modelo destinado a avaliar impactos de variáveis sobre os fluxos de comércio internacional dos países.

Fonte: Comex do Brasil

Fale conosco
Contact us

Entre em contato pelo formulário abaixo, logo iremos atendê-lo.
Send us a message.