Exportação
Até pouco tempo, a maneira de transportar soja era quase que exclusivamente a granel, isto é, os grãos são carregados diretamente do silo até o porão do navio. Correias transportadoras despejam a soja em fluxos contínuos até preencher a capacidade de carga do navio graneleiro — em média, sessenta mil toneladas.
A grande safra deste ano obrigou novas soluções para a falta de transportadores deste tipo de mercadoria. Não apenas navios, mas também a quantidade de caminhões próprios para o transporte a granel, se mostraram insuficientes.
A modalidade mais comum e prática para mercadorias sólidas são as grandes caixas metálicas lacradas: o container. Peças, produtos manufaturados e mais uma infinidade de itens são transportados preferivelmente utilizando estes equipamentos.
Após um caminhão ou trem levar o container até o porto, guindastes os acondicionam nos navios cargueiros. O processo se inverte no porto de destino.
A super safra não só despertou os exportadores quanto ao problema do limite finito de logística, como também serviu para mostrar novas soluções para pequenos exportadores. O carregamento de grãos em containers resolve alguns outros problemas que deixavam os pequenos comerciantes fora do mercado internacional. Vários carregamentos nesta modalidade já foram executados e mostraram diversas vantagens.
Embora 20 toneladas em cada container pareça pouco, perto das 60 mil toneladas que são carregadas em cada navio, o fracionamento e a acomodação da carga se tornam bastante práticos.
O custo reduzido do frete marítimo, mais a agilidade no envio acabaram por desenhar uma nova perspectiva que é o da exportação de grãos sob medida. Esta prática atende ao mercado de forma abrangente e alcança novos processos que contornam deficiências estruturais e agilizam o escoamento da produção.
Os benefícios são inúmeros e, principalmente, abrem um novo cenário para o comércio exterior brasileiro. Veja alguns:
O transporte de containers também resolve outro problema do método a granel: o carregamento em tempo chuvoso. No carregamento utilizando guindastes, o trabalho pode ser executado 24 horas por dia, sete dias por semana. Isto evita a espera no porto, o que custa diárias que encarecem o frete.
A modalidade não depende da estrutura de grandes portos e também atinge mercados de exportação e de importação que não têm condições de receber grandes navios. É o caso dos portos com menor infraestrutura, como em alguns casos de países asiáticos e africanos.
O uso do container também auxilia nas exportações mais estratégicas. Enquanto um navio graneleiro descarrega apenas no porto de destino, containers podem ser despachados para várias localidades durante a mesma viagem. Existe também a interessante opção de ancorar em um porto e redistribuir a carga de container para embarcações com destinos diferentes.
A previsão de crescimento das exportações sinaliza positivamente para o uso desta modalidade de acondicionamento e transporte. As empresas do setor já estimam um aumento de 500% na procura pelo serviço, que envolve o trabalho desde descarregamento do produto, carregamento do grão e desembaraço aduaneiro.
E você? O que achou das informações sobre a exportação de soja em containers? Conta pra gente nos comentários suas experiências sobre o assunto!