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Resumo de Notícias da Semana-08

Grupo Pinho
October 3, 2022

Invasão russa à Ucrânia: conflito gera apreensão aos principais portos de entrada dos fertilizantes no Brasil

A ação militar da Rússia em território ucraniano gera apreensões em todo o mundo. Em especial, a atividade portuária e o comércio exterior temem pelos reflexos do conflito que podem atingir o mercado e a produção no Brasil. Como principal porta de entrada dos fertilizantes no país, a administração dos portos paranaenses acompanha o momento de tensão no Leste Europeu, com atenção.

Apesar de ainda ser cedo para saber quais serão os impactos diretos e indiretos das atividades militares na Ucrânia, como comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a situação preocupa, principalmente o segmento dos granéis de importação, especialmente dos adubos.

“Para se ter uma ideia, das quase 11,5 milhões de toneladas importadas de fertilizante no ano passado, cerca de 2,35 milhões, mais de 20%, vêm da Rússia”, afirma o executivo.

A Ucrânia, segundo Garcia, não é região tradicionalmente produtora de fertilizantes. “A preocupação realmente é com a Rússia que, guerra, tende a suspender as atividades portuárias e o comércio com os países, principalmente ocidentais”, pontua o dirigente dos portos paranaenses.


Segmento

Como explica o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Décio Luiz Gomes, tanto a Rússia como o país vizinho, Belarus, são grandes produtores de fertilizantes, principalmente o cloreto de potássio.

“A apreensão é quanto os problemas logísticos para escoar esses produtos. A invasão da Rússia à Ucrânia complica ainda mais a situação que já estava delicada com a Belarus, outro importante mercado”, comenta.

Segundo Gomes, o mercado e a indústria dos fertilizantes no Brasil – assim como em todo o mundo – já estava sentido há algum tempo, quando a Rússia decidiu suspender as exportações dos produtos.

Outra situação no Leste Europeu, que também já vinha preocupando o segmento, era o impedimento imposto pela Lituânia para circulação de produtos da Belarus. O país é outra opção, além da Rússia, para o escoamento da produção de cloreto de potássio para o mundo. “Uma alternativa para o mercado brasileiro, na importação do produto, seria o Canadá, também grande produtor e exportador do cloreto”, completa.

A maioria das empresas produtoras de fertilizantes nos dois países – Rússia e Belarus –, como ainda explica Gomes, são estatais. “Ou seja, as decisões dessas empresas vão a reboque do que decidem os respectivos governos em relação ao mercado internacional”, pontua o gerente executivo.

“A redução da oferta mundial de fertilizantes certamente vai nos afetar”, comenta. A falta de produto e o aumento de preço, segundo ele, serão os principais efeitos do conflito que gera impacto, também, nas demais atividades, incluindo a agricultura e o consumo final no país.

Escalas

Dificilmente os portos do Paraná recebem navios com bandeiras desses países (Rússia, Ucrânia ou Belarus). Segundo o presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar), Argyris Ikonomou, a preocupação não é tanto com a mão-de-obra, no caso, das tripulações.

“A possibilidade de impacto negativo que eu consigo enxergar, no momento, seria a dificuldade, alto risco e o aumento do valor dos fretes para navios que, a partir de agora, vão escalar em portos da Rússia para carregamento de fertilizantes, por exemplo”, comenta.

No entanto, segundo Argyris, é preciso aguardar a evolução desse conflito. “Ainda é muito cedo para saber o que vai acontecer nos próximos dias”, completa o representante das agências marítimas no Paraná.

Fonte: Comex do Brasil

Cibersegurança: ataques de ransomwares são ameaça aos terminais portuários; prejuízos podem ser incalculáveis


O avanço da tecnologia no Brasil e no mundo trouxe como consequência os ataques cibernéticos, que são cada vez mais comuns em diferentes áreas, como em terminais, empresas de logística e todo o setor portuário.

Entre as ameaças está o ransomware, um malware responsável por criptografar arquivos no armazenamento local e de rede, que exige um resgate para devolver os documentos às empresas. Além disso, ainda ameaça expor os dados caso não receba o valor em criptomoedas.

Isso faz com que o ataque seja extremamente preocupante, levando em conta que terminais e companhias portuárias geram milhões de dados diariamente e são responsáveis pela movimentação de inúmeros produtos.

Dos casos envolvendo o setor portuário, um dos mais conhecidos é o da empresa dinamarquesa Maersk, maior operadora de navios de contêineres e de abastecimento do mundo. Em 2017 sofreu um ataque com uma versão supostamente modificada do Petya ransomware, o NotPetya, derrubando os sistemas e controles operacionais em todos os níveis.


É possível se proteger?

Em meio a tantos casos que afetam a cibersegurança dos portos, a pergunta é: as empresas podem se proteger ou prevenir um ataque? Oque fazer caso a ameaça de fato aconteça?

Muitas empresas acreditam que pagar pelo resgate vai solucionar o problema, mas na prática, isso nem sempre acontece. Há casos em que o invasor não envia a chave de descriptografia após o pagamento.

De acordo com os engenheiros de computação, professores universitários e diretores da T2S Tecnologia, Ricardo Pupo Larguesa e Rodrigo Lopes Salgado, os danos econômicos dos terminais são incalculáveis. “No pior cenário, inviabiliza de tal maneira a operação da vítima que ela simplesmente quebra”, comenta Salgado.

Já Ricardo Pupo explica que “além do prejuízo nas operações, que refletem na receita, há o dano moral junto a clientes e parceiros”. Nesses casos, Pupo recomenda recorrer às autoridades. “É um crime sério e deve ser tratado como tal”, explica.

Por ser criptografada, uma maneira de recuperar as informações é por meio de backup. “Alguns casos são praticamente impossíveis de descriptografar. É possível prevenir ataques, mas não é algo garantido. Uma alternativa é o backup mantido em outra infraestrutura”, ressalta Rodrigo Salgado.


Reforço na segurança

A segurança dos dados nunca foi tão discutida como tem sido atualmente após ataques que ocorreram nos últimos meses. Com isso, as empresas têm visto o tema como algo essencial.

Por conta do trabalho remoto, a atenção com dados e senhas precisa ser redobrada, principalmente ao configurar e implantar os sistemas de controle de acesso externo. É preciso estabelecer políticas para bate-papo, reuniões, eventos ao vivo, entre outros. A proteção de aparelhos remotos e serviços de nuvem também é fundamental. Com a rotatividade comum de funcionários nas empresas, também é orientado não deixar brechas de acesso e remover imediatamente os colaboradores que saem.

Outro fator importante é que os ataques cibernéticos podem gerar outros tipos de prejuízos financeiros, como as sanções administrativas e punições decorrentes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), já que os dados de outras pessoas podem ser expostos e a multa pode chegar até R$ 50 milhões.

Fonte: Comex do Brasil

Superávit comercial cresce 56,7% até a 3ª semana de fevereiro e chega a US$2,33 bilhões em 2022

A balança comercial brasileira atingiu superávit de US$ 2,33 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de fevereiro, com alta de 56,7% pela média diária, sobre o período de janeiro a fevereiro de2021. Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 68,41 bilhões, com crescimento de 21,7%.

As exportações em 2022 já somam US$ 35,37 bilhões, com aumento de 22,6%, enquanto as importações subiram 20,8% e totalizam US$ 33,04 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/2) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No acumulado do mês, as exportações cresceram 23,6% e somaram US$15,74 bilhões, enquanto as importações subiram 16,6% e totalizaram US$ 13,19 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,55 bilhões, e a corrente de comércio alcançou US$ 28,93 bilhões, subindo 20,3%.

Apenas na terceira semana de fevereiro, as exportações somaram US$ 5,506 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 4,669 bilhões, resultando em um superávit de US$ 837 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 10,174 bilhões.


Exportações no mês

Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana deste mês (US$ 1,124 bilhão) com a de fevereiro de 2021 (US$ 909,74 milhões), houve crescimento de 23,6%, com aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+7,3%), dos produtos da Indústria de Transformação (+20,8%) e da Agropecuária (+73,3%).

Na Indústria Extrativista, os destaques foram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+77,8%); minérios de cobre e seus concentrados (+59%); outros minerais embruto (+125,7%) e pedra, areia e cascalho (+410,2%).

Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+251,5%); carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+70,4%); produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, ou revestidos(+656,8%); celulose (+29,5%) e farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (+14,8%).

Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+108,2%); café não torrado (+79,9%); trigo e centeio, não moídos (+775%); milho não moído, exceto milho doce (+19,8%) e madeira em bruto (+99,6%).

Importações no mês

Nas importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro de 2022 (US$ 942,13 milhões) ficou 16,6% acima da média de fevereiro do ano passado (US$ 807,73 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras de produtos da Indústria de Transformação (+14%) e da Indústria Extrativista (+116,6%). Por outro lado, caíram as compras em Agropecuária (-13,9%).

Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+113,5%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+52,9%);medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários(+50,1%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+59,8%) e caldeiras de geradores de vapor, caldeiras de água sobreaquecida, aparelhos auxiliares e suas partes (+29.442,9%).

Por fim, na Indústria Extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de gás natural, liquefeito ou não(+206,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+102%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+120,2%);outros minerais em bruto (+34,9%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+2,1%).

Fonte: Comex do Brasil



Avanços em facilitação do comércio, defesa comercial e modernização do Mercosul são destaques do Anuário do Comércio Exterior

Anuário do Comércio Exterior Brasileiro referente ao ano de 2021. Elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com a colaboração da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (SE/Camex) –ambas da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) – o documento apresenta um panorama do setor no ano passado, abordando as iniciativas de maior destaque.

A economia mundial vem dando sinais de recuperação dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19. No entanto, medidas de enfrentamento à pandemia ainda tiveram de ser adotadas em 2021. Para amenizar os efeitos negativos sobre a vida e a saúde da população, o governo brasileiro aprovou uma redução de 10% nas alíquotas do Imposto de Importação para cerca de 87% do universo tarifário.

A medida, que tem caráter temporário e excepcional, buscou refletiras negociações em curso no âmbito do Mercosul sobre a revisão da Tarifa Externa Comum (TEC). Também foram mantidas reduções tarifárias de produtos essenciais para o combate à pandemia.


Desburocratização

Em 2021, foram adotados novos procedimentos para o licenciamento de importações de material usado e de bens ingressados no país com benefícios fiscais condicionados ao exame de similaridade. Outro importante avanço foi a inclusão da Secex no módulo complementar do OEA-Integrado, que reduziu a burocracia para a solicitação de atos concessórios de drawback suspensão e isenção (de insumos importados para utilização em produto exportado). Em um curto período de implementação, já foi possível constatar significativos ganhos para as empresas certificadas, principalmente quanto ao prazo para as aprovações de atos concessórios.

Em relação ao Programa Portal Único de Comércio Exterior –principal iniciativa de desburocratização e facilitação do comércio exterior brasileiro –, houve importantes avanços em2021, com a implementação de uma nova etapa do programa. Atualmente, cerca de 30% das importações brasileiras podem ser feitas por meio do Novo Processo de Importação.

Modernização do Mercosul

Desde que o Mercosul foi criado, a estrutura da TEC é basicamente a mesma. Por isso, sua atualização é fundamental para adequar a tarifa à nova realidade produtiva e econômica. Nesse contexto, os bens de capital e de informática e telecomunicações tiveram suas tarifas reduzidas em 10%, em março de 2021, para cortar custos e aumentar a competitividade do setor produtivo, o que em última instância beneficia os consumidores brasileiros.


Avanços em negociações

A pandemia da Covid-19 dificultou o andamento das negociações por acordos comerciais, mas os grupos técnicos continuaram se reunindo virtualmente. Assim, houve avanços nas negociações com Coreia do Sul, Canadá e Singapura. Além disso, em dezembro de 2021, foram lançadas as negociações para um Acordo de Parceria Econômica Abrangente entre o Mercosul e a Indonésia. Em fevereiro de 2021, o Brasil apresentou sua oferta de acesso a mercado no âmbito da acessão ao Acordo sobre Compras Governamentais da OMC (GPA, na sigla em inglês). Em novembro, foi apresentada oferta revisada, que contou com melhorias para atender a pedidos das partes.

Transparência e defesa comercial

Há também uma seção dedicada a medidas de transparência e governança da política comercial adotadas pela Secex e pela SE/Camex. Em 2021,a Secex passou a divulgar estudos e publicações de temas tratados pela Secretaria e que têm reflexos para a sociedade. Também estão sendo divulgados painéis com visualizações de dados sobre as licenças de importação emitidas pelo órgão, bem como relatórios sobre a utilização das principais cotas tarifárias de importação administradas pela Secretaria. Em relação à governança do comércio exterior, houve avanços no ano, principalmente no âmbito da Camex.

O anuário traz, ainda, informações sobre o processo de reforma do sistema brasileiro de apoio creditício à exportação, dados consolidados de defesa comercial e interesse público, avanços obtidos nas áreas de investimentos e internacionalização de empresas, entre outros temas do setor.

Fonte: Comex do Brasil

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