Comex

Os Impactos da Pandemia na Logística no Brasil

Grupo Pinho
October 3, 2022

A segunda edição do Comex Solutions — evento anual criado pela Pinho Gestão Logística Internacional para reunir grandes empresas do comércio exterior — debateu os impactos da pandemia na logística no Brasil.

Na edição de 2020, que ocorreu de maneira online, Tatiane Vigiarelli, gerente de logística internacional da Ambev, e Cleber Mattar Pereira, gerente de planejamento e logística SA ou América do Sul da Valmet, analisaram as heranças da crise mundial para o setor. De acordo com os profissionais, a inovação tecnológica e o pensamento “fora da caixa” são as heranças que a pandemia deixa para a logística no Brasil.

"Percebemos que, em algumas áreas, nós estávamos muito dependentes de modelos tradicionais. Isso acendeu um alerta para repensar os processos de trabalho e buscar alternativas logísticas a fim de enfrentar problemas complexos, como interrupções de voos e navios, baixa demanda no início da crise e um aumento expressivo no segundo semestre, falta de matéria prima, entre outras questões que foram complicadas em 2020", disse Tatiane Vigiarelli. Neste ano, a Ambev viu aumentar em cerca de 20% sua importação de embalagens para suprir a alta no consumo de cerveja do brasileiro no segundo semestre de 2020.  

Cleber Mattar Pereira, da Valmet, analisou que a pandemia evidenciou que soluções antigas não eram mais adequadas. "Geralmente, quando enfrentamos um problema nos negócios, temos por impulso fazer o mesmo que já foi feito, mas a pandemia trouxe algo totalmente inédito e imprevisível. Tivemos de recuar, pensar, analisar modais de transporte, preços, avaliar quais eram os pontos críticos e ver quais eram as necessidades dos clientes, entre muitas outras coisas que fomos aprendendo conforme enfrentávamos.”

Pandemia de Covid-19 e o legado da tecnologia na logística

A pandemia surpreendeu o setor de logística internacional duas vezes em poucos meses: a partir de março derrubou a expectativa de um 2020 em franca expansão, após um ano de muito crescimento no comércio global, e trouxe uma impensável “recuperação em V” já em agosto, junto com a perspectiva de um desempenho anual ainda melhor do que no ano anterior. A gangorra de cenários desafiou uma das indústrias mais tradicionais a se modernizar e digitalizar todos os seus processos. Para os especialistas, esse será o grande legado positivo da crise.

"Costumo dizer que nós avançamos uns cinco anos somente em 2020. O uso de tecnologias avançadas, como realidade virtual, era quase impensável e este ano, na Valmet, nós estivemos checando equipamentos e fazendo inspeções à distância, com a mesma qualidade, além de visitar clientes sem sair de casa. Isso não vai substituir o contato humano e a interação, mas nós percebemos que o setor logístico ganha muito mais ritmo com automatização. O salto digital foi abrupto e positivo", diz Mattar.

"Quando eu olho para o comércio exterior e a logística no Brasil, vejo que a pandemia quebrou paradigmas para que o setor pudesse avançar no digital. A lição que fica é que precisamos de iniciativas para focarem processos mais integrados, mais ágeis e que estejam voltados mais à segurança de informações do que à dependência de documentos”, analisa Vigiarelli.

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